Após conhecer seu ídolo Jorge Luis Borges em Buenos Aires, o cinqüentão solitário Vogelstein vê-se no centro de um crime que envolve demônios arcanos, a cabala e a possibilidade de destruição da humanidade. Humor e inteligência nessa história em que os sinais do crime estão sempre à vista. A questão é como vê-los.
Após conhecer seu ídolo Jorge Luis Borges em Buenos Aires, o cinqüentão solitário Vogelstein vê-se no centro de um crime que envolve demônios arcanos, a cabala e a possibilidade de destruição da humanidade. Humor e inteligência nessa história em que os sinais do crime estão sempre à vista. A questão é como vê-los.
Luis Fernando Verissimo e Jorge Luis Borges são os dois grandes escritores que entram em cena no sexto volume da Coleção Literatura ou Morte - Verissimo como autor, Borges como personagem, ambos fascinados pelo crime.O protagonista de Borges e os orangotangos eternos é Vogelstein, um cinqüentão solitário que vive em Porto Alegre e passou "uma vida entre livros, protegida, em que raramente o inesperado entrou como um tigre". De repente, o destino sacode furiosamente a mesmice de sua vidinha e leva-o a um congresso da Israfel Society, formada por especialistas em Edgar Allan Poe - o precursor do romance policial moderno. Para surpresa de Vogelstein, desta vez a sociedade se reunirá em Buenos Aires, onde ele conhecerá seu ídolo: Jorge Luis Borges. E, por circunstâncias criadas aparentemente pelo amor à literatura, se verá no centro de um crime rocambolesco que envolve demônios arcanos e os mistérios da cabala. Inadvertidamente, alguém poderá pronunciar certas palavras mágicas e pôr em risco a existência do mundo dos homens. O escritor argentino Jorge Luis Borges (1899-1986) perdeu progressivamente a visão. A idéia de cegueira é explorada por Verissimo ao longo de todo o livro, pondo o leitor na trilha dessa história em que os sinais do crime estão sempre à vista. A questão é como vê-los. Borges morreu cego, mas ninguém diria que a cegueira obstruiu sua visão do mundo.