A vida do trompetista americano Chet Baker foi marcada pela beleza romântica de seu rosto e por um impulso autodestrutivo que o fez refém da heroína do auge da carreira até a morte. O texto de Gavin, acompanhado de um caderno de fotos, persegue o sonho de Chet por onde ele passou: de Los Angeles e Nova York a Roma, Berlim, Tóquio, Rio e São Paulo.
A vida do trompetista americano Chet Baker foi marcada pela beleza romântica de seu rosto e por um impulso autodestrutivo que o fez refém da heroína do auge da carreira até a morte. O texto de Gavin, acompanhado de um caderno de fotos, persegue o sonho de Chet por onde ele passou: de Los Angeles e Nova York a Roma, Berlim, Tóquio, Rio e São Paulo.
Foram muitos os rótulos criados pela mídia para se referir a Chet Baker: cool, cult, ícone do jazz, símbolo sexual - todos insuficientes para definir a personalidade contraditória do trompetista americano. Ao surgir no ambiente fervilhante do jazz norte-americano dos anos 50, o músico rapidamente se transformou no ideal de sua geração. No mundo inteiro, inclusive no Brasil, a suavidade de sua voz e as fotos em preto-e-branco na capa de seus LPs seduziam mulheres e homens.Filho único, mimado pela mãe e brutalizado por um pai alcoólatra, Chet alcançou a fama muito cedo. Em 1952, aos 23 anos, era convidado a tocar com Charlie Parker. No ano seguinte, seria eleito por revistas especializadas o melhor trompetista em atividade, à frente de nomes como Louis Armstrong, Dizzy Gillespie e Miles Davis.Além do talento precoce, a beleza romântica de seu rosto lhe valia comparações com James Dean. Casado três vezes, teve quatro filhos e colecionou amantes. Mas suas verdadeiras paixões eram a música e a heroína. O vício fez com que vivesse, do auge de sua carreira aos últimos dias de vida, em função da droga.James Gavin persegue o fundo desse sonho até o fim, quando o músico caiu do segundo andar de um hotel em Amsterdam, em 1988. Sua morte, aos 59 anos, está até hoje envolta em mistério: não se sabe se a queda foi um simples acidente, se foi decorrência de uma overdose, se Chet foi empurrado ou se cometeu suicídio. Durante dez anos, o crítico James Gavin pesquisou a vida de Chet Baker por onde o trompetista passou: Los Angeles, Nova York, Roma, Berlim, Tóquio, Rio e São Paulo - Chet esteve no Brasil em 1985, quando se apresentou na primeira edição do Free Jazz Festival.O resultado do trabalho de James Gavin é uma biografia à altura da magnitude de Chet Baker. Como destaca o jornalista Ruy Castro, na orelha do livro, "comparado a No fundo de um sonho, tudo que você leu até hoje sobre Chet Baker é um passeio de elevador. Já este livro é um foguete para a Lua". Colaborador de jornais como o New York Times, Gavin é autor de Intimate Nights: The Golden Age of New York Cabaret. Foi indicado para o Grammy pelo texto do encarte da caixa de CDs Ella Fittzgerald: The Legendary Decca Recordings.