A discussão sobre o "verdadeiro" fim do milênio - 2000 ou 2001? - tem origem meramente no deslize cronométrico de um monge medieval. Com base em informações desse tipo, Gould investiga os sistemas e artifícios de contagem e ordenação do tempo, raiz das polêmicas milenaristas deste fim de século.
A discussão sobre o "verdadeiro" fim do milênio - 2000 ou 2001? - tem origem meramente no deslize cronométrico de um monge medieval. Com base em informações desse tipo, Gould investiga os sistemas e artifícios de contagem e ordenação do tempo, raiz das polêmicas milenaristas deste fim de século.
Passando ao largo da onda de especulações futurológicas, mas também da polêmica fácil contra gurus de ocasião, Gould serve-se do tema da virada do milênio como trampolim para uma investigação sobre os sistemas e artifícios de contagem e ordenação do tempo, raiz das polêmicas milenaristas deste fim de século.O autor começa por explorar as origens históricas da noção de milênio e suas metamorfoses mais ou menos apocalípticas ao longo da história religiosa do Ocidente. Em seguida, mostra como a discussão sobre o "verdadeiro" fim do milênio - 2000 ou 2001? - tem origem meramente no deslize cronométrico de um monge medieval. Por fim, aborda a disparidade incontornável entre nossos calendários e o andamento próprio aos três grandes ciclos naturais (do Sol, da Terra e da Lua), a fim de refletir sobre a nossa urgência de extrair ordem de um mundo aparentemente caótico - urgência tão humana e, feitas as contas, tão admirável.