Dezesseis contos marcados pela experimentação formal, pela dimensão psicológica do sexo e pela indagação filosófica sobre a existência. Desejo e alucinação conduzem os personagens a zonas sombrias, em que predominam figuras femininas como sedução, volúpia, imaginação, fantasia e morte. Narrativas que defendem uma arte ligada de forma íntima à vida.
Dezesseis contos marcados pela experimentação formal, pela dimensão psicológica do sexo e pela indagação filosófica sobre a existência. Desejo e alucinação conduzem os personagens a zonas sombrias, em que predominam figuras femininas como sedução, volúpia, imaginação, fantasia e morte. Narrativas que defendem uma arte ligada de forma íntima à vida.
Os contos de O vôo da madrugada vêm cobertos pelo manto da noite. Os enredos das dezesseis histórias do livro são variados e as técnicas narrativas se adequam, sempre de forma inventiva e surpreendente, às motivações dos textos. Uma obsessão comum, porém, confere unidade de escura atmosfera às narrativas do livro: os personagens - e o próprio escritor - vivem experiências nos meandros noturnos da consciência.
A solidão persegue os personagens do livro de forma desesperada, a ponto de fazê-los pensar inúmeras vezes em dar cabo da existência. O salto para fora da vida que percorre os contos, porém, é metáfora para representar estados de espírito excepcionais, como aqueles que traduzem o torpor do sexo, a liberdade da fantasia e o fascínio pela arte.
A obsessão pelo desfecho da vida é associada a forte carga erótica, mas também à busca pela forma perfeita. As histórias contadas por Sérgio Sant'Anna mergulham, assim, nas zonas sombrias da mente para delas emergir com novas tonalidades, numa outra e inesperada organização da realidade - iluminada e irresistivelmente sedutora.