Nesta coletânea organizada por Adauto Novaes, sociólogos, filósofos, psicólogos e outros intelectuais humanistas fazem uma reflexão multidisciplinar sobre a clássica oposição entre o chamado mundo bárbaro e o mundo civilizado.
Nesta coletânea organizada por Adauto Novaes, sociólogos, filósofos, psicólogos e outros intelectuais humanistas fazem uma reflexão multidisciplinar sobre a clássica oposição entre o chamado mundo bárbaro e o mundo civilizado.
Há quase duas décadas organizando livros e ciclos de debate em torno de temas polêmicos, Adauto Novaes apresenta um novo conjunto de artigos escritos por intelectuais consagrados, como os filósofos Marilena Chaui e Francis Wolff, a psicanalista Maria Rita Kehl, o físico Luiz Alberto Oliveira, o jornalista Marcelo Coelho e o escritor especializado em islamismo Abdelwahab Meddeb. Os ensaios deste volume exploram oposições e semelhanças entre as noções de civilização e de barbárie.
"Não há atividade do espírito - filosofia, literatura, moral, política, estética - que não se pergunte hoje o que é ser civilizado (e, em conseqüência, quem é o bárbaro), o que é ser moderno", diz Adauto Novaes na introdução do livro. Se o debate não é novo - ao longo da história das humanidades, tais temas são alvo de controvérsias apaixonadas -, ele continua bastante atual, especialmente diante de acontecimentos recentes como o ataque de 11 de setembro.
Os ataques terroristas e a guerra no Iraque são pontos de partida para que os ensaios do livro investiguem a relatividade da condição de civilizado e com isso apontem as conseqüências desse tipo de classificação. Qual é o sentido da oposição entre Ocidente e Oriente? Qual é o impacto da civilização sobre as liberdades individuais?
Ao questionar a verdade da história que está sendo construída a partir dos acontecimentos recentes, o leitor é levado a duvidar até mesmo da viabilidade dessa opção que chamamos de civilização.