Depois de analisar longamente o pensamento marxista e de dedicar um volume inteiro a Wittgenstein, José Arthur Giannotti trata neste livro de um assunto que sempre o fascinou: a pintura. O autor revisita as grandes questões da estética filosófica e polemiza com pensadores contemporâneos a respeito das obras de Morandi, Magritte e outros artistas.
Companhia das Letras
Os limites da política - Uma divergência
José Arthur Giannotti e Luiz Damon Santos MoutinhoR$ 64,90
Depois de analisar longamente o pensamento marxista e de dedicar um volume inteiro a Wittgenstein, José Arthur Giannotti trata neste livro de um assunto que sempre o fascinou: a pintura. O autor revisita as grandes questões da estética filosófica e polemiza com pensadores contemporâneos a respeito das obras de Morandi, Magritte e outros artistas.
O jogo do belo e do feio é um livro tão inesperado quanto bem-vindo na obra do filósofo José Arthur Giannotti. Depois de se debruçar longamente sobre a herança rica e problemática do pensamento marxista em três livros fundamentais, depois de mais um volume inteiro dedicado ao diálogo com o pensamento de Ludwig Wittgenstein, o autor avança para um terreno que o apaixona desde sempre mas sobre o qual jamais escrevera a fundo: a pintura e, por extensão, as belas-artes.
Paixão é a palavra certa, pois O jogo do belo e do feio não é um livro de generalidades diletantes, cheio de confissões e opiniões. Muito ao contrário. Com o rigor costumeiro, Giannotti revisita as grandes questões da estética filosófica desde Kant - como o livre jogo das faculdades, o belo e o sublime, a autonomia e a morte da arte -, reformulando-as a partir das noções de jogo de linguagem e linguagem não-verbal, ambas tomadas ao mesmo Wittgenstein.
Munido dessas noções, Giannotti discute obras de Magritte, Morandi, Poussin e Rembrandt, colhe testemunhos de pintores como Leonardo e Picasso e polemiza com pensadores contemporâneos. Mas não o faz para estabelecer um sistema fechado das artes ou promover uma tradução filosófica de nossa experiência de espectadores: trata-se aqui de uma nova visão da linguagem da pintura que celebra gloriosa autonomia.