Paródia dos romances de cavalaria, a história do cavaleiro inexistente da corte de Carlos Magno. Cercado por um exército quixotesco, ele luta pela causa da cristandade, defende avidamente sua reputação e faz questão de manter a armadura sempre limpa. Mesmo sabendo que dentro dela não há ninguém.
Paródia dos romances de cavalaria, a história do cavaleiro inexistente da corte de Carlos Magno. Cercado por um exército quixotesco, ele luta pela causa da cristandade, defende avidamente sua reputação e faz questão de manter a armadura sempre limpa. Mesmo sabendo que dentro dela não há ninguém.
Nessa espécie de romance de cavalaria às avessas, Italo Calvino põe em marcha toda a sua habilidade construtiva e capacidade alegórica, mas também a sua verve humorística, para contar as aventuras e desventuras de Agilulfo Emo Bertrandino dos Guildiverni e dos Altri de Corbentraz e Sura, o cavaleiro inexistente da corte de Carlos Magno. Circundado por uma galeria de personagens que compõem um verdadeiro exército brancaleônico, Agilulfo serve com fé a causa da cristandade. De permeio, tem de lidar com uma querela em torno de sua nobre reputação, espelhada na armadura trazida sempre imaculadamente alva, embora paradoxalmente vazia. Como nos demais romances da trilogia Nossos antepassados, Calvino mergulha nos tempos heróicos da cavalaria medieval, vistos aqui em chave burlesca, utilizando como narrador uma freira confinada no convento, cuja penitência é justamente escrever a história desse cavaleiro sui generis.