Em textos escritos ao longo de toda sua carreira e selecionados pelo poeta Eucanaã Ferraz em revistas, contracapas de discos, jornais e conferências, o cantor e compositor Caetano Veloso fala de sua paixão pelo cinema, pela música, pela literatura e pelo teatro.
Em textos escritos ao longo de toda sua carreira e selecionados pelo poeta Eucanaã Ferraz em revistas, contracapas de discos, jornais e conferências, o cantor e compositor Caetano Veloso fala de sua paixão pelo cinema, pela música, pela literatura e pelo teatro.
Ninguém desconhece a importância de Caetano Veloso na história da música brasileira. Mas é provável que muitos se surpreendam com este livro, que confirma o perfil do Caetano escritor, trazido à luz em Verdade tropical (1998). O mundo não é chato reúne escritos para jornais, revistas, contracapas de discos ou que surgiram como prefácios e conferências, além de alguns textos inéditos.
Movido pelo vigor da observação, Caetano alia ao ponto de vista pessoal um inequívoco viés crítico e intelectual. Oswald de Andrade, Bob Dylan, Visconti, Pelé, Jimi Hendrix, Gilberto Gil, Glauber, Tom Jobim, Cazuza, Nelson Rodrigues, Fernando Pessoa, Elis Regina, Lorca são apenas alguns dos nomes que atravessam essas páginas. Deparamo-nos, então, com retratos, narrativas, interpretações e colagens que nascem tanto da admiração e da ternura comovida quanto da indignação, da ironia e da sátira.
O arco de tempo que o livro abrange não é pequeno: inclui textos antigos, quando Caetano Veloso era um jovem crítico de cinema em Santo Amaro da Purificação, até escritos de 2005. No entanto, muito mais que o amadurecimento de um artista-pensador, assistimos nesta caminhada um relato penetrante sobre o Brasil.