Combinando pesquisa histórica, sensibilidade etnográfica e elegância narrativa, o historiador Serge Gruzinski examina o programa de ocidentalização do continente americano por intermédio das políticas visuais adotadas pelos espanhóis e da recepção das imagens cristãs pelos indígenas.
Combinando pesquisa histórica, sensibilidade etnográfica e elegância narrativa, o historiador Serge Gruzinski examina o programa de ocidentalização do continente americano por intermédio das políticas visuais adotadas pelos espanhóis e da recepção das imagens cristãs pelos indígenas.
Quarto volume de uma série de obras dedicadas à investigação do imaginário colonial, este livro tem como foco central as imagens - pensadas como instrumentos fundamentais de dominação. A guerra das imagens - no palco do México colonial - eclode no século XV, com a chegada de Colombo, e se estende pelos séculos seguintes, mobilizando diversos atores - europeus, índios, mestiços, entre outros - e distintas estratégias de domínio.
Uma profusão de imagens chega ao México com os primeiros europeus, na tentativa de impor uma nova ordem visual e de monopolizar a representação do sagrado. É nesse momento de difusão do catolicismo e de ascensão da autoridade espiscopal que se desenvolve um grande conjunto de imagens barrocas - imagens religiosas convencionais, mas que incorporam elementos de devoção popular.
Além de examinar os códigos visuais impostos pelos colonizadores e a recepção das imagens cristãs por índios e mestiços, a análise reflete sobre as reverberações da imagística colonial na guerra de Independência, no México pós-revolucionário - representado pelo muralismo pictórico - e, modernamente, na expansão da televisão comercial mexicana, a Televisa.