Num simpósio imaginário, autores antigos e modernos, do Oriente e do Ocidente, discutem uma questão bastante contemporânea: por que vivemos juntos?
Num simpósio imaginário, autores antigos e modernos, do Oriente e do Ocidente, discutem uma questão bastante contemporânea: por que vivemos juntos?
Nos primeiros anos do século XX, pouca gente teria motivo para suspeitar da velha definição do homem como animal social ou da confiança moderna na história como marcha do progresso humano. Depois de um século de extrema violência e intolerância, num planeta que sofre com a degradação ambiental, não são poucos os que se perguntam: afinal, por que vivemos juntos e para onde nos encaminhamos?
O consenso de outrora virou a perplexidade de hoje, e é desta que partem as reflexões de Alberto Manguel em A cidade das palavras. São reflexões de um homem de letras, para quem a linguagem, a ficção e a literatura ocupam um lugar decisivo na experiência humana. Para ele, a linguagem tem o dom de impor alguma ordem ao mundo, e a narrativa nos permite constituir nossas identidades.
Leitor eclético e enciclopédico, Manguel sabe pensar a partir das narrativas mais variadas: obras e autores são aqui convidados a iluminar as questões que o preocupam. Como as histórias que contamos nos ajudam a perceber a nós mesmos e aos outros? Como elas conferem identidade a indivíduos, grupos e sociedades? Serão elas capazes de mudar quem somos e o mundo em que vivemos?