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TESTEMUNHAS DA CHINA

Xinran
Tradução: Christian Schwartz

R$ 99,90

/ À vista

Apresentação

Depois de dar voz às mulheres chinesas em As boas mulheres da China, a jornalista Xinran lança-se ao ambicioso projeto de transmitir para as gerações mais jovens e "ocidentalizadas" de seu país a experiência dos "avós" da China moderna.

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Ficha Técnica

Título original: China witness Páginas: 496 Formato: 16.00 X 23.00 cm Peso: 0.749 kg Acabamento: Livro brochura Lançamento: 25/06/2009
ISBN: 978-85-3591-469-6 Selo: Companhia das Letras Ilustração:

SOBRE O LIVRO

Depois de dar voz às mulheres chinesas em As boas mulheres da China, a jornalista Xinran lança-se ao ambicioso projeto de transmitir para as gerações mais jovens e "ocidentalizadas" de seu país a experiência dos "avós" da China moderna.

Para elucidar a formação da China contemporânea, Xinran foi em busca de homens e mulheres comuns com mais de setenta, oitenta anos (um deles tinha 97 e havia participado da Grande Marcha de Mao Tse-tung), das mais diversas regiões e de diferentes estratos sociais, e que sobreviveram à miséria e à fome, à invasão japonesa e à revolução, aos desastres do Grande Salto Adiante e às perseguições e humilhações da Revolução Cultural para chegar à modernização e ao espantoso crescimento econômico do início deste século.
Não foi fácil obter depoimentos francos e espontâneos, pois os chineses têm uma longuíssima tradição de não falar aberta e honestamente sobre o que pensam e sentem, temerosos (com razão, como mostram algumas entrevistas) de que isso possa prejudicar não somente a eles, mas a todos os seus parentes e descendentes. Mas apesar dessa dificuldade, a autora conseguiu reunir duas dezenas de histórias reveladoras da vida cotidiana, dos sentimentos e ideais, das dores e alegrias, da fibra e coragem, da resistência física e fortaleza de espírito da geração dos chineses que viveram sob o domínio de Mao.
Entre as testemunhas, estão desde artífices que fazem as lanternas tradicionais, uma curandeira que vende ervas, um ex-saqueador da Rota da Seda e um pregoeiro de notícias de casa de chá (lembrança de um tempo em que todos era analfabetos), até geofísicos que construíram a indústria petroleira chinesa, uma mulher general (nascida nos Estados Unidos), um casal que passou privações indescritíveis na transformação econômica do deserto de Gobi, um policial desencantado com a profissão e, evidentemente, taxistas, que também na China constituem fonte preciosa de informações.
Num país em que a história recente está envolta em tanta bruma, esses relatos orais respondem um pouco ao apelo que a autora faz no final do livro: "Por favor, pensemos e trabalhemos por menos escuridão e ódio. Somente a luz e o brilho da compreensão podem destruir as trevas".