Um jovem poeta, que frequenta as oficinas literárias de uma universidade chilena no início dos anos 1970, some de circulação depois do golpe militar de 1973 e reaparece com outro nome, como um piloto audaz que escreve versículos bíblicos e estranhos poemas nos céus do Chile.
Um jovem poeta, que frequenta as oficinas literárias de uma universidade chilena no início dos anos 1970, some de circulação depois do golpe militar de 1973 e reaparece com outro nome, como um piloto audaz que escreve versículos bíblicos e estranhos poemas nos céus do Chile.
Alberto Ruiz-Tagle é um jovem poeta esquivo e sedutor que frequenta, nos primeiros anos da década de 1970, as oficinas literárias da universidade de Concepción, no Chile. Com o golpe militar que se abate sobre o país em 1973, ele some de circulação, como praticamente todos os participantes das oficinas. Logo após o golpe, surge espetacularmente nos céus do país um audacioso aviador, Carlos Wieder, que escreve no ar versículos bíblicos e estranhos poemas. O narrador de Estrela distante, ele próprio um poeta iniciante, demora pouco para perceber que Ruiz-Tagle e Wieder são a mesma pessoa.
Intrigado pelas múltiplas facetas desse estranho personagem, o narrador tenta seguir seu rastro e acaba por descobrir ao longo dos anos, e em vários países, sinais do envolvimento do poeta-aviador com os mais sórdidos aspectos da ditadura militar chilena.
Com sua habitual mistura de documento, ensaio, memórias pessoais e ficção, Roberto Bolaño faz deste pequeno romance um retrato subjetivo da sua própria geração, que tinha em torno de vinte anos quando ocorreu a derrubada do governo Salvador Allende e a implantação de uma das mais sangrentas ditaduras militares do continente. Uma geração ceifada ou traumatizada pela tortura, pelo exílio ou pela morte precoce.