Neste livro de Pynchon, um detetive particular investiga uma conspiração que envolve surfistas, traficantes, contrabandistas e uma agiota assassina e amante de jazz. Uma trama que mistura conhecimento enciclopédico e temas do cotidiano, loucura e sensibilidade.
Neste livro de Pynchon, um detetive particular investiga uma conspiração que envolve surfistas, traficantes, contrabandistas e uma agiota assassina e amante de jazz. Uma trama que mistura conhecimento enciclopédico e temas do cotidiano, loucura e sensibilidade.
Homenagem aos livros de Dashiel Hammet e Raymond Chandler e retrato mordaz da Califórnia no início dos anos 1970, Vício inerente marca a volta de Thomas Pynchon ao cenário de dois de seus romances, Vineland e O leilão do lote 49. Porém, enquanto estes livros registravam o auge do Flower Power, Pynchon agora explora o outro movimento da curva, a hora que o impulso começa a ceder, e que as forças contrárias àquela revolução cultural sui generis mostram a que vieram.
O centro de tudo é o detetive particular Doc Sportello, espécie de Sam Spade depois de uma maratona de LSD e maconha, que é contratado por uma ex-namorada para investigar o sumiço de um poderoso barão do mercado imobiliário. Esse desaparecimento é parte de uma conspiração maior, que envolve surfistas, traficantes, contrabandistas, policiais corruptos e a temível entidade conhecida como Presa Dourada.
Como sempre, Pynchon faz da trama um meio de destilar seu conhecimento enciclopédico acerca de tudo, da melhor técnica para se montar um penteado afro às particularidades do saxofone na surf music dos anos 1960. Isso também serve de desculpa para abordar, não raro de maneira tocante, questões comuns a todos nós. Nesse misto de erudição e humor, loucura e sensibilidade, Pynchon se firmou como um dos grandes autores da literatura contemporânea.