Felipe Fernández-Armesto, um dos mais destacados especialistas na história das navegações e grandes descobrimentos dos séculos XV e XVI investiga, em Américo, a misteriosa e controversa vida do cosmógrafo e navegador que batizou o Novo Mundo.
Felipe Fernández-Armesto, um dos mais destacados especialistas na história das navegações e grandes descobrimentos dos séculos XV e XVI investiga, em Américo, a misteriosa e controversa vida do cosmógrafo e navegador que batizou o Novo Mundo.
Américo Vespúcio (1454-1512), protagonista dos descobrimentos dos séculos XV e XVI, é também um dos mais complexos e enigmáticos personagens dessa história. A despeito da magnitude de suas realizações como cosmógrafo e navegador - exagerada, segundo alguns, por um sagaz instinto de autopromoção -, os documentos de sua trajetória são surpreendentemente escassos. Abundam versões apócrifas de cartas e manuscritos, fato que tem contribuído para a mitologia criada em torno do florentino.
Américo, de Felipe Fernández-Armesto, autor de Desbravadores, é a primeira biografia abrangente do navegador - realizada com base em uma pesquisa quase enciclopédica sobre Vespúcio -, e se propõe a questionar as falácias dos antigos relatos exageradamente laudatórios ou deletérios sobre o cosmógrafo.
Com grande fluência literária e boas doses de humor (proporcionadas pelas peripécias desse homem que foi um "mago na juventude e um cafetão na maturidade"), Américo explica como o domínio dos preceitos retóricos dos mestres da Antiguidade, um interesse profundo pela magia e um notável senso de oportunidade contribuíram para que Vespúcio superasse entre seus contemporâneos a fama do rival pioneiro, o genovês Cristóvão Colombo, e entrasse para a posteridade como o topônimo do Novo Mundo.