Nesta reunião de poemas do jovem Vinicius, o leitor encontrará uma faceta menos conhecida do grande poeta, mas sempre com a mesma inquietação e um forte desejo de fazer da poesia um instrumento de compreensão de tudo que estivesse fora do circuito das coisas comuns.
Nesta reunião de poemas do jovem Vinicius, o leitor encontrará uma faceta menos conhecida do grande poeta, mas sempre com a mesma inquietação e um forte desejo de fazer da poesia um instrumento de compreensão de tudo que estivesse fora do circuito das coisas comuns.
Neste volume, o leitor tem reunidos Forma e exegese (1935) e Ariana, a mulher (1936), o segundo e o terceiro livro de Vinicius de Moraes, respectivamente.
Forma e exegese foi publicado quando Vinicius tinha apenas 22 anos. Mas se o jovem poeta já chamara a atenção da crítica com seu primeiro livro, O caminho para a distância (1933), o segundo trouxe a consagração ao receber o prestigioso prêmio da Sociedade Felipe d'Oliveira. Ariana, a mulher é um único e longo poema que põe em cena, como num transbordamento, o mundo emotivo e existencial de um sujeito. O texto se inicia com o relógio "batendo soturnamente a Meia Noite" e termina com o mesmo relógio "parado sobre a Meia Noite". É nesse mundo estagnado, morto, que o poeta clama por Ariana. Mas ela não é apenas uma mulher; como o título sugere, ela é a mulher. E é também a morte, a vida, a natureza.
O volume que o leitor tem agora em mãos abre-se com um caderno de imagens que reproduz manuscritos e datiloscritos - parte do longo trabalho do poeta para chegar à versão final dos poemas -, fotografias e outros documentos, como antigas capas e o recibo de pagamento pela impressão dos primeiros exemplares de Forma e exegese.