Um dos maiores best-sellers da literatura portuguesa contemporânea, Equador traça um retrato primoroso dos últimos anos da monarquia portuguesa, no início do século XX. O protagonista, Luis Bernardo, parte de Lisboa rumo à ilha de São Tomé e Príncipe onde assume o cargo de governador, e se depara com uma realidade muito mais complexa do que poderia supor.
Um dos maiores best-sellers da literatura portuguesa contemporânea, Equador traça um retrato primoroso dos últimos anos da monarquia portuguesa, no início do século XX. O protagonista, Luis Bernardo, parte de Lisboa rumo à ilha de São Tomé e Príncipe onde assume o cargo de governador, e se depara com uma realidade muito mais complexa do que poderia supor.
No começo do século XX, Luis Bernardo Valença, conhecido intelectual português, é convidado pelo rei d. Carlos a executar uma missão descabida e complicada, que implicará numa abrupta mudança de sua vida. Solteiro e perto dos quarenta anos, ele desfruta das regalias que uma cidade grande como Lisboa tem a oferecer. Aceitar o convite do rei significa abandonar tudo por uma vida nova, na qual, entretanto, poderia colocar em prática suas convicções políticas: contribuir para a efetiva abolição da escravatura na África, assumindo o papel de governador de São Tomé e Príncipe.
Mais de um século depois de abolida a escravidão em Portugal, ainda sobram dúvidas se de fato os trabalhadores são empregados e bem tratados. É mesmo difícil esclarecer o limiar entre o trabalho escravo e o assalariado. Muitas vezes, sobretudo em pequenas colônias perdidas no meio da África, um homem que tem contrato assinado pode, mesmo assim, continuar a receber chicotadas de quem não sabe se deve chamar de "senhor" ou de "patrão".
Equador, primeiro romance de Miguel Sousa Tavares, publicado em 2003, trata justamente dessa complexidade política e da dificuldade de definir na prática aquilo que parece claro nos conceitos e na teoria. Mais do que isso, este livro fala das paixões humanas e de como elas interferem nos jogos de poder. Luis Bernardo decide aceitar a missão proposta e é então jogado em uma realidade completamente alheia. Percebe que só a sua inteligência não será suficiente para dar conta do que o espera na ilha de São Tomé e Príncipe, onde chegam apenas dois barcos por mês e a população desconhece os direitos humanos já há muito tempo em voga na Europa.
O leitor, acompanhando os passos de Luis Bernardo, vai conhecendo o território e os personagens da ilha por meio das descrições minuciosas do autor; junto do protagonista, percebe a ambiguidade da sua realidade. E não são apenas questões políticas que estão envolvidas nesse cenário: quando Luis é tomado por uma paixão proibida e incontornável, tudo se torna ainda mais confuso e envolvente.
"Um livro magnífico. Há muitas décadas que não tinha aquele fervor juvenil para acabar um romance." - Vasco Graça Moura
"Um olhar cinematográfico, no qual palavra e imagem se casam, história e ficção se entrelaçam." - O Globo
"Um grande romance, uma epopeia destinada a ficar na história da literatura europeia." - La Nazione