O testemunho delicioso do primeiro encontro - que se mostraria essencial - entre o poeta e futuro compositor popular com o ritmo americano que definiu a música do nosso tempo.
Companhia das Letras
Revoltas escravas no Brasil
João José Reis (Org.) e Flávio dos Santos Gomes (Org.)R$ 119,90
O testemunho delicioso do primeiro encontro - que se mostraria essencial - entre o poeta e futuro compositor popular com o ritmo americano que definiu a música do nosso tempo.
Diplomata a ocupar seu primeiro posto no exterior (como vice-cônsul), Vinicius de Moraes desembarcou em Los Angeles, na Califórnia, em 1946, e ali passaria os cinco anos seguintes. Foi um período em que, além de conviver com a colônia artística brasileira radicada em Hollywood - em que Carmen Miranda brilhava como o seu centro gravitacional - e com nomes do cinema americano, como Orson Welles, Vinicius começou a se embrenhar em um novo universo musical: o jazz.
Fascinado pela sofrida história dos negros americanos e mesmerizado pela variedade de ritmos da música que emergiu do cruzamento da cultura dos escravos e dos colonizadores europeus, o futuro compositor da bossa nova frequentou clubes, estúdios de gravação e lojas de disco especializadas, além de fazer camaradagem com dezenas de músicos, compositores e amantes desse gênero musical.
Com textos pouco conhecidos garimpados por Eucanaã Ferraz e um projeto gráfico do estúdio warrakloureiro que retoma a linguagem da era de ouro dos álbuns de jazz (de selos como Blue Note e outros), Jazz & Co. celebra Vinicius de Moraes com tudo aquilo que distinguiu o autor: música, literatura e muita beleza.