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POIS SOU UM BOM COZINHEIRO

Vinicius de Moraes

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Apresentação

Uma obra ilustrada e repleta de receitas e memórias afetivas do poeta cujo centenário é comemorado este ano.

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Ficha Técnica

Título original: Pois sou um bom cozinheiro Páginas: 296 Formato: 19.60 X 26.60 cm Peso: 0.846 kg Acabamento: Livro brochura Lançamento: 27/08/2013
ISBN: 978-85-3592-241-7 Selo: Companhia das Letras Ilustração:

SOBRE O LIVRO

Uma obra ilustrada e repleta de receitas e memórias afetivas do poeta cujo centenário é comemorado este ano.

Nossas memórias afetivas passam por todos os nossos sentidos, principalmente a recordação daquilo de que mais gostamos e que nos dá prazer: a alimentação. Assim é a culinária, e assim foi essa experiência para Vinicius de Moraes. Grande apreciador da boa vida e de suas belezas, o poeta dedicava igual paixão por receitas, pratos e refeições. E isso desde a meninice.
Segundo de quatro irmãos, o carioca Vinicius foi criado a pudins e lombinhos, e era de todos o que mais apreciava os sabores da casa materna (já revelando, desde cedo, sua legendária propensão ao hedonismo). As receitas da infância nunca mais abandonaram o imaginário do poeta, que nelas pensava para sentir conforto quando na solidão do estrangeiro em sua época como funcionário do Itamaraty.
Elaborado em três partes, Pois sou um bom cozinheiro foi organizado pela família de Vinicius e conta com prefácio de sua irmã Laetitia de Moraes. Revisitando memórias distintas, cada parte do livro fornece receitas das mais diversas épocas da vida do poeta: a infância num Rio de Janeiro quase interiorano, as cozinhas que frequentou e os bares e restaurantes em que mantinha cadeira cativa - além dos bocados de que mais gostava. Tudo maravilhosamente ilustrado por fotos, trechos de poemas e depoimentos.
Surge assim um Vinicius de Moraes que refaz sua vida (e obra) através da comida. Dos pratos que lembram sua infância e que trazia à memória ao sentir a profunda ausência do Brasil, quando longe daqui viveu, Vinicius revivia em detalhes os vatapás e pudins que comia na casa da mãe e avó em descrições irretocáveis o suficiente para que salivemos junto com ele. Também das comidinhas favoritas que sabia cozinhar tão bem e descrevia com o amor do diminutivo, o mesmo que usava para se referir aos seus parceiros e amigos de vida e criação musical. Pois se, de acordo com o próprio autor, para se viver um grande amor era preciso concentração, o mesmo devotava quando cozinhava ou apenas saboreava um alimento. Uma dedicação e um trabalho árduo (mas intensamente reconfortante) ao fazer o que mais amava: apreciar a vida.

Sobre o autor