Revelação da nova literatura brasileira, Juliana Frank conta a história de Lawanda, uma jovem que tem uma curiosa coleção de insetos e uma rotina enfadonha de trabalho num hospital.
Revelação da nova literatura brasileira, Juliana Frank conta a história de Lawanda, uma jovem que tem uma curiosa coleção de insetos e uma rotina enfadonha de trabalho num hospital.
Lawanda trabalha num hospital, mas não está ali para lidar com os pacientes - não oficialmente, pelo menos. Ela é uma das encarregadas da limpeza e vive sob a fiscalização da insuportável Lucrécia, que insiste em controlar seus horários e reclamar de seus atrasos. Mas, como os serviços de faxina são muito mal pagos, Lawanda precisa de outros meios para conseguir comprar os besouros que coleciona (ainda que sua mãe preferisse que ela poupasse para adquirir um apartamento). Assim, presta pequenos serviços escusos aos internos do hospital.
Ela também é colecionadora de borboletas, que costura com esmero em suas calcinhas, sempre usando a linha da mesma cor das asas. Faz esta e outras macumbas para que seu amado José Júnior largue a mulher de uma vez e fique só com ela. Na cama, Lawanda sabe que é imbatível, mas a pressão das tias velhas é grande e o rapaz tem dificuldades de se libertar.
Com humor sagaz e desbocado, Juliana Frank narra as várias facetas do universo fantástico dessa jovem mulher que foge a todas as convenções. Elogiada por escritores como Clara Averbuck e Reinaldo Moraes (Juliana é inclusive uma das roteiristas do filme Pornopopeia, inspirado no livro de Reinaldo), a autora se firma na nova cena literária brasileira com seus escritos polêmicos, que vão desde as memórias de uma ex-atriz pornô - uma "filosoquenga", segundo ela - até as mais variadas formas de loucuras e taras de toda sorte.