O amor proibido de Shinji, um jovem pescador, e Hatsue, a filha de um poderoso morador da ilha japonesa de Utajima. Nesta narrativa breve, de estilo cristalino, Mishima transforma o romance numa fábula de inspiração shakespeareana - impossível não associar Shinji e Hatsue a Romeu e Julieta -, que aponta para desejos e destinos universais.
O amor proibido de Shinji, um jovem pescador, e Hatsue, a filha de um poderoso morador da ilha japonesa de Utajima. Nesta narrativa breve, de estilo cristalino, Mishima transforma o romance numa fábula de inspiração shakespeareana - impossível não associar Shinji e Hatsue a Romeu e Julieta -, que aponta para desejos e destinos universais.
O jovem pescador Shinji conhece Hatsue, uma mergulhadora de beleza inquietante, na orla da praia de Utajima, onde mora com a mãe e o irmão. Hatsue é filha de Terukishi Miyata, um dos homens mais ricos da pequena vila pesqueira japonesa.
Shinji e Hatsue se apaixonam e frustram a vontade do pai da garota de vê-la casada com Yasuo, pretendente a quem ela fora prometida. Tem início uma história de amor proibida, de desenlace imprevisível. Mar inquieto acompanha as venturas e desventuras do jovem casal, que logo faz pensar em Romeu e Julieta. No embate com os obstáculos que colocam em perigo seu amor, Shinji e Hatsue assumem feições exemplares, que os transportam do mundo do romance para o universo da fábula.
Publicado em 1954, Mar inquieto confirmou a reputação de grande narrador que Yukio Mishima conquistara com seus primeiros livros. Em contraste com as obras complexas e polêmicas que, poucos anos antes, haviam proporcionado um sucesso clamoroso ao autor - como Confissões de uma máscara e Cores proibidas -, este romance breve impressiona pela singeleza de seu tom e pela discrição de um estilo cristalino.
O livro ganhou adaptações para o cinema, a primeira delas realizada pelo diretor Senkichi Taniguchi no mesmo ano de lançamento do livro.