Humana, negra, crítica. São estas as características que percorrem a produção do escritor Cuti -- uma das vozes mais brilhantes e originais da literatura brasileira -- e as páginas desta antologia, que nos provoca e sensibiliza sobre o momento presente. De um dos fundadores dos Cadernos Negros, com texto de orelha de Maria Nazareth Soares Fonseca.
Humana, negra, crítica. São estas as características que percorrem a produção do escritor Cuti -- uma das vozes mais brilhantes e originais da literatura brasileira -- e as páginas desta antologia, que nos provoca e sensibiliza sobre o momento presente. De um dos fundadores dos Cadernos Negros, com texto de orelha de Maria Nazareth Soares Fonseca.
Ritmo é elemento primordial na obra de Luiz Silva, o Cuti. Nesta antologia, o poeta eleva essa característica a um patamar que, ao convergir sonoridade e movimento, se coloca diante do leitor como uma pista de dança. O convite é para que se escute o potente reverberar de seus versos e se comova com a minuciosa cadência das palavras, o tempo das rimas, o deslocamento das páginas.
Toda essa agitação compõe um bailado impetuoso, conduzindo o leitor por temas críticos como o avanço do ódio no mundo, o racismo, a influência nociva das novas tecnologias na sociedade, ao mesmo tempo em que trata de amor, de identidade e da necessidade incontornável de esperança.
Poeta, dramaturgo e um dos mais influentes intelectuais da literatura e do movimento negro brasileiro, Cuti reúne em Ritmo humanegrítico poemas já publicados e inéditos para delinear os horizontes de sua produção literária, iniciada ainda em 1970: "não é ser negro/ nem ter sido o esteio do mundo/ mas o titubeio do branco/ em me aceitar/ como igualmente humano".