Em uma guerra, ninguém assume a responsabilidade pelos danos colaterais: a morte de civis, o bombardeio de prédios, escolas, hospitais... Da mesma forma, Zygmunt Bauman defende que as vítimas das ações políticas e econômicas também não são atendidas ou levadas em conta. São homens e mulheres sacrificados pelo processo de globalização e que ainda acabam culpados por sua exclusão. Em nosso mundo líquido-moderno, os desfavorecidos são os danos colaterais de uma sociedade voltada para o lucro e orientada pelo consumo. Em onze ensaios, Bauman examina a relação entre o crescimento da desigualdade social e a expansão do volume de "danos colaterais".