Em O ladrão no fim do mundo, o escritor e jornalista investigativo Joe Jackson disseca um dos mais notáveis casos de contrabando internacional que fez ruir o modelo econômico da borracha que havia impulsionado o desenvolvimento do norte brasileiro. Movido pela ambição de crescer na indústria da borracha - filão comandado pelo Brasil na época - Wickham decide se aventurar pela selva amazônica em busca de um tipo particular de seringueira que produzia a borracha mais forte, durável e almejada pelos ingleses. Após enfrentar os perigos da floresta, ter encontros com insetos gigantes e habitantes do rio Amazonas, entre outras experiências que quase o levaram à morte, Henry Wickham retorna à Inglaterra com milhares de sementes raras de seringueira que, depois de estudadas no jardim botânico de Londres, o Kew Gardens, foram enviadas para plantações nas colônias inglesas tropicais. Trinta anos depois, a Inglaterra conseguiu superar o Brasil no monopólio da borracha e dominar os suprimentos mundiais da matéria-prima. O ladrão no fim do mundo é a história do uso e abuso da natureza pelo homem na luta pela dominação mundial.