Filósofo, sociólogo, historiador das religiões e diretor do Monde des réligions, Frédéric Lenoir passou 30 anos investigando a figura de Deus ao longo da trajetória humana. Sua intenção era desenvolver uma abordagem sem resvalar para julgamentos sobre a fé, e, sim, estudar o fato religioso em suas diversas dimensões, notadamente as representações que os homens elaboram de uma força superior com frequência chamada "Deus". O resultado dessa longa pesquisa, condensada no livro Deus, é uma análise objetiva e acessível que expõe o ponto de vista tanto dos ateus quanto dos cristãos. Na obra, o autor apresenta uma série de perguntas e propõe algumas respostas. São questões metafísicas, históricas e sociológicas em que Lenoir questiona, por exemplo, se Deus existe, de fato, por que não se pode vê-lo. E indaga se Deus seria uma força, uma pessoa, uma energia ou um princípio criador. Lenoir investiga também quando os deuses apareceram na história da humanidade, se foram os judeus os inventores de um ser divino único e se as três maiores religiões monoteístas - judaica, cristã e mulçumana - compartilham o mesmo Deus. Em meio à investigação histórica, levanta conceitos pouco familiares ao Ocidente, entre eles o que chama de absoluto impessoal das sabedorias orientais, e debate como se construiu o ateísmo moderno surgido na Europa do século XVIII.