A anatomia da influência pretende ser o legado de Harold Bloom sobre a criação literária. Desde que publicou A angústia da influência, nos anos 1970, o conceito da influência literária tornou-se a verdadeira obsessão de seu trabalho. Nele, o crítico literário contemporâneo mais reconhecido da atualidade jogava por terra décadas de ideias preconcebidas ao mostrar que as grandes obras da literatura não surgem completamente formadas, mas por meio de um processo de intensa luta com aquelas que as precederam. Ampliando e revisando sua análise anterior para as novas gerações de leitores, o autor apresenta sua mais ambiciosa e acessível análise sobre por que esta feroz competição fornece a chave para a compreensão e apreciação da literatura. O que significa um poema, por que ele é importante e se merece ou não ser incluído no cânone da literatura são perguntas que só podem ser respondidas se investigarmos como a obra superou ou não os seus rivais. Em A anatomia da influência, Bloom constrói um texto perfeito - o seu "canto do cisne", como ele mesmo definiu - que é ao mesmo tempo uma coleção de ensaios, uma autobiografia literária e um convite para o corpo a corpo com os mestres do nosso pensamento. De Milton a Paul Valéry, de Shelley a Leopardi, de Lucrezio a Eliot, de Dante a Shakespeare e Whitman, uma vertiginosa e personalíssima investigação do cânone poético ocidental.