Texto virulento, narrado em primeira pessoa e com escassos pontos finais, sobre a relação entre homem e mulher e a oposição entre paixão e racionalidade. De uma potência verbal impressionante, como se a força do conteúdo fosse capaz de dilacerar a tessitura da prosa.
Texto virulento, narrado em primeira pessoa e com escassos pontos finais, sobre a relação entre homem e mulher e a oposição entre paixão e racionalidade. De uma potência verbal impressionante, como se a força do conteúdo fosse capaz de dilacerar a tessitura da prosa.
"O corpo antes da roupa", afirma o personagem de Um copo de cólera ao narrar o que acontece numa manhã qualquer, depois de uma noite de amor, quando a aparente harmonia entre ele e sua parceira se rompe de repente. Por um motivo banal (aparentemente), os dois se atracam num rude bate-boca, as paixões afloram, um palco se ilumina, e aqueles personagens ressurgem de manhã fazendo o mesmo que fizeram à noite: voltam, de certo modo, a tirar a roupa do corpo.
Tensa, contundente, a linguagem de Um copo de cólera alcança tal intensidade e vibração que faz desta narrativa uma obra singular na literatura brasileira, um clássico dos nossos tempos, celebrado por milhares de leitores e estudado por nossa melhor crítica.
"Tenso, rude, poderoso e pungente. " -- Marilena Chauí
"Cada um dos capítulos foi construído na plenitude da linguagem. " -- Boris Schnaiderman