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JORNAL DE TIMON

partidos e eleições no Maranhão

João Francisco Lisboa

Apresentação

Escrito entre 1864 e 1865, constitui a descrição mais rica dos costumes políticos regionais da época, sobretudo das eleições, dos partidos e da imprensa, estabelecendo uma crítica devastadora do funcionamento dessas instâncias de poder locais.

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Ficha Técnica

Título original: Jornal de Timon Páginas: 344 Formato: 11.50 X 16.00 cm Peso: 0.237 kg Acabamento: Livro brochura Lançamento: 09/05/1995
ISBN: 978-85-7164-446-5 Selo: Companhia das Letras Ilustração:

SOBRE O LIVRO

Escrito entre 1864 e 1865, constitui a descrição mais rica dos costumes políticos regionais da época, sobretudo das eleições, dos partidos e da imprensa, estabelecendo uma crítica devastadora do funcionamento dessas instâncias de poder locais.

O jornalista maranhense João Francisco Lisboa viveu num tempo de efervescência política (a Regência e o início do Primeiro Reinado), tempo em que o Brasil aprendia a se governar, tempo de ataques aos portugueses, de conflitos entre oligarquias, de rebeliões populares. Tempo também de grande influência da imprensa. Os jornais, muitos deles simples pasquins, eram a principal arma de luta política: os jornalistas punham sua pena a serviço dos partidos e facções em conflito.Depois de militar durante vários anos na facção liberal dos bem-te-vis, Lisboa desencantou-se com a política e dedicou-se a estudar e escrever. Sua obra principal foi o Jornal de Timon. O pseudônimo (Timon) ele foi buscar no filósofo grego conhecido pela misantropia, pelo ódio à humanidade. Ao mesmo tempo lúcido e mal-humorado, Lisboa evitou, assim, ter uma visão complacente de seus conterrâneos e contemporâneos.A parte do Jornal aqui publicada (segundo e terceiro folhetins) constitui a mais rica descrição e a mais devastadora crítica dos costumes políticos da época, sobretudo das eleições, dos partidos e da imprensa. Fraude, violência, traição, corrupção, subserviência, arrogância, mediocridade - nisso se resumia o comportamento dos políticos do Maranhão. Segundo Timon, embora o Maranhão fosse o pior que havia, as críticas valiam também, em boa parte, para o resto do Brasil.A maior e também mais deprimente lição que se tira de leitura do Jornal, no entanto, é que muitas das críticas ainda são válidas para os dias de hoje, passado um século e meio.

Sobre o autor