Estar num elevador com outras pessoas pode ser bastante constrangedor. Ficar preso com mais seis estranhos, então, pode ser angustiante. Em cima da hora acompanha os pensamentos de sete passageiros de uma viagem que tinha tudo para ser infernal, mas que Roger Mello, o premiado autor de Meninos do mangue, transforma em diversão e poesia.
Estar num elevador com outras pessoas pode ser bastante constrangedor. Ficar preso com mais seis estranhos, então, pode ser angustiante. Em cima da hora acompanha os pensamentos de sete passageiros de uma viagem que tinha tudo para ser infernal, mas que Roger Mello, o premiado autor de Meninos do mangue, transforma em diversão e poesia.
Dentro de um elevador quebrado, sete pessoas aguardam a chegada dos funcionários da manutenção. Sem poder fazer nada além de esperar e pensar, cada um fala em silêncio consigo mesmo. Numa brincadeira com fluxos de consciência e focos narrativos, Em cima da hora navega na torrente das idéias de cada um dos sete passageiros desse elevador.
Uma garotinha suspeita que as outras pessoas são robôs, um palhaço inexperiente relembra o que lhe aconteceu antes de chegar ali, um homem embarca numa imaginária jornada submarina. Uma narrativa fluida e original vai se construindo com estes fragmentos de idéia, conduzindo o leitor a um passeio pelo monólogo interior de cada pessoa.
Em cima da hora é um livro escrito e ilustrado pelo brasiliense Roger Mello. O autor recebeu o prêmio suíço Espace-enfants em 2002 e foi vencedor do Prêmio Jabuti do mesmo ano nas categorias Literatura Infanto-Juvenil e Ilustração com Meninos do mangue, livro publicado pela Companhia das Letrinhas. De sua autoria, a editora publicou também Vizinho, vizinha (prêmio FNLIJ, categoria Criança, 2002) e Todo cuidado é pouco!.