Davi Arrigucci analisa o processo de transposição simbólica da experiência de vida para o plano literário em autores brasileiros e hispano-americanos - Jorge Luis Borges, Manuel Bandeira, Fernando Gabeira e Rubem Braga, entre outros.
Davi Arrigucci analisa o processo de transposição simbólica da experiência de vida para o plano literário em autores brasileiros e hispano-americanos - Jorge Luis Borges, Manuel Bandeira, Fernando Gabeira e Rubem Braga, entre outros.
"Um senhor crítico escritor, desses que não se fazem mais", foi como o ensaísta José Guilherme Merquior saudou o livro de ensaios anterior de Davi Arrigucci Jr. Isso porque uma das características do autor deste Enigma e comentário é uma espécie de extrema delicadeza para com seu leitor, sobretudo nos tempos que correm, de jargões obscurantistas e textos mal costurados: nele, o rigor jamais se confunde com a chatice. Formado na melhor tradição de nossa prosa crítica, a de um Antonio Candido e de um Augusto Meyer, freqüentador dos grandes mestres da estilística e do ensaísmo sociológico - assim como do estruturalismo, sempre que este não é mero jargão -, Davi Arrigucci Jr., mais do que ninguém, era a pessoa indicada para nos dar esta série de estudos em torno do processo de transposição simbólica da experiência de vida para o plano artístico da literatura. E em autores os mais diversos, desde Jorge Luis Borges e Julio Cortázar até Manuel Bandeira, Pedro Nava, Rubem Braga ou Fernando Gabeira.