Panorama de época escrito por um crítico que conviveu com os grandes escritores da modernidade - retrato de "uma América embriagada às escondidas (Lei Seca), eufórica e perdulária, que caminhava célere para o abismo da Depressão, ao som de rags e torch songs" (Sérgio Augusto).
Panorama de época escrito por um crítico que conviveu com os grandes escritores da modernidade - retrato de "uma América embriagada às escondidas (Lei Seca), eufórica e perdulária, que caminhava célere para o abismo da Depressão, ao som de rags e torch songs" (Sérgio Augusto).
Quando não estava escrevendo nenhum livro, esse espírito irrequieto que era Edmund Wilson nem por isso descansava a pena. Punha-se a escrever cadernos e diários, como os que deram origem a Os anos 20, livro em que trabalhava por ocasião de sua morte, em 1972. Na descrição de Sérgio Augusto: "Claro que os Os anos 20 é mais que um retrato do Wilson enquanto atleta sexual. Ou enquanto atleta tout court: no dia em que conheceu John dos Passos, em 1922, despediu-se do escritor com uma cambalhota no hall dos elevadores de Vanity Fair. Ou enquanto gozador. 'Está provado que o Velho Testamento foi escrito por Rabelais', pontificou em julho de 1921. Ou enquanto profeta: num artigo para a revista Smart Set, anunciou que os EUA só tinham a ganhar se conquistados pelos japoneses. Ao fundo de suas observações, uma América embriagada às escondidas (a Lei Seca estava em vigor), eufórica e perdulária caminhava célere para o abismo da Depressão, ao som de rags e torch songs".