Relações entre a literatura e o horizonte técnico que se abriu para o país no final do século XIX. A autora mostra que, na produção literária da época, o fascínio pela técnica manifestava-se não apenas no nível temático, mas também na própria maneira de conceber o texto.
Companhia das Letras
Revoltas escravas no Brasil
João José Reis (Org.) e Flávio dos Santos Gomes (Org.)R$ 119,90
Relações entre a literatura e o horizonte técnico que se abriu para o país no final do século XIX. A autora mostra que, na produção literária da época, o fascínio pela técnica manifestava-se não apenas no nível temático, mas também na própria maneira de conceber o texto.
Ensaísta brilhante, Flora Süssekind vem se destacando por um cuidadoso trabalho de reavaliação da literatura brasileira. Um dos melhores exemplos disso é esse Cinematógrafo de Letras, que analisa as relações entre o período literário imediatamente anterior ao modernismo e o novo horizonte técnico que então se configurava no país. Trata-se aqui, neste livro interessantíssimo, de tentar captar o que há de específico na literatura daquele período a partir de seu fascínio - que, como sempre, tem a sua contraparte de rabugice - pela técnica, fascínio que se manifesta não apenas no nível temático, mas também na própria maneira de se conceber o texto.