Jorge Mario Pedro Vargas Llosa nasceu no dia 28 de março de 1936, em Arequipa, no Peru, e vai assoprar as velinhas de 85 anos no próximo domingo.
O autor peruano que recebeu o Nobel de literatura em 2010
O escritor é o único latino-americano a ganhar o prêmio Nobel de literatura que ainda está vivo. Mesmo tendo escrito romances, peças de teatro e ensaios, Vargas Llosa disse ao jornal espanhol El país que, na primeira vez em que tentou escrever para crianças, trabalhou muito e desistiu. “O gênero me derrotou”, contou o autor em 2014.
Fonchito quer beijar a bochecha de Nereida, mas
antes precisa dar a lua para a menina. Leia +.
Fonchito e a lua foi sua segunda, e dessa vez bem-sucedida, tentativa de escrever um livro infantil. O título está disponível para os pequenos leitores brasileiros pela Companhia das Letrinhas, assim como O barco das crianças.
Fonchito conhece um misterioso senhor, que conta
sua história todos os dias antes da escola. Leia +.
O romance infantojuvenil retoma o personagem principal Fonchito já mais crescido, numa conversa de vários dias em que um misterioso senhor conta ao menino sua história e a razão pela qual todos os dias contempla o mar.
Para comemorar o aniversário do querido escritor, vamos conhecê-lo um pouquinho melhor com essa lista de curiosidades que o Blog selecionou?
1) Uma crítica muito importante
Vargas Llosa submeteu Fonchito e a lua a uma prova definitiva: antes de publicá-lo, leu o livro para sua neta, Aitana, e pediu que ela o recontasse. A menina repetiu quase palavra por palavra e, assim, o vovô considerou que o livro passou no teste.
2) Quase presidente
O escritor foi candidato a presidente do Peru em 1990. Apesar de aparecer como favorito nas pesquisas, foi derrotado no segundo turno por Alberto Fujimori. Essa experiência foi contada no livro O peixe na água.
3) Bibliófilo
A biblioteca Vargas Llosa, em Arequipa, já recebeu mais de 30 mil livros doados pelo escritor, de seu próprio acervo.
4) Imersão no universo de Canudos
O livro A guerra do fim do mundo foi inspirado em Os sertões, de Euclides da Cunha, e envolveu uma pesquisa profunda, na qual o escritor viajou para o sertão da Bahia e de Sergipe: "Peregrinei por todas as vilas onde, segundo a lenda, o Conselheiro pregou", escreve ele, "e nelas ouvi os moradores discutindo ardorosamente sobre Canudos, como se os canhões ainda trovejassem no reduto rebelde e o Apocalipse pudesse acontecer a qualquer momento naqueles desertos salpicados de árvores sem folhas, cheias de espinhos".
5) Sobre a leitura
“Quando criança, fui um leitor voraz. Descobri de imediato que a literatura podia fazer uma pessoa viver grandes aventuras. Essas leituras me abriram o apetite e isso nunca parou, ainda vejo a leitura como o prazer dos prazeres.”
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