
Depressão em crianças: quando a tristeza se torna um alerta
Depressão e ansiedade são coisa de criança, sim. A literatura infantil pode ajudar a nomear sentimentos como a tristeza, contribuindo com a saúde mental
O que você deseja para 2024?
Mais tranquilidade? Calma? Leveza?
Mas, como, em um mundo cada vez mais caótico?
Impossível evitar perrengues, frustrações, trânsito, filas de espera, imprevistos. Difícil desviar do excesso de informação, das notícias sobre guerras, da repercussão sobre a crise climática, do medo de que nos aguarda no futuro…
Será preciso viver em uma bolha para se sentir em paz?
Talvez não. As dificuldades, incertezas e excessos irão, inevitavelmente, aparecer. Mas a calma pode ser cultivada (e aprendida) em processos internos, que diminuem os ecos do caos mundano, nos ajudando a manter os pés no chão e o coração sereno.
Ser mais zen depende de aprendermos novas formas de reagir às perturbações. De olhar para nossos medos e acolher os sentimentos que brotarem - sem deixá-los explodir! Respirar fundo, manter a calma e conter a raiva não é fácil - nem para os adultos, nem para as crianças. Mas alguns livros podem mostrar formas de desenvolver uma relação mais tranquila com si mesmo e a recuperar o equilíbrio quando algo nos tira do prumo.
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Para começar o ano com mais serenidade e calmaria, separamos alguns títulos que podem nos ensinar a ficar mais zen:
Não deixar de reparar na beleza dos dias que se repetem. De praticar pequenos rituais que nos conectam à natureza e a nós mesmos. De se espreguiçar, dar bom dia ao sol, reparar nas abelhas que zumbem, : Acompanhando uma manhã tranquila na Fazenda dos Mirtilos, somos convidados a participar do despertar de um novo dia, reparando em suas pequenezas e alegrias. Que sorte poder colher margaridas para enfeitar a mesa do café da manhã.
Bob é um passarinho que, de tão ansioso, não consegue voar. Quem nunca sentiu que estava dando o seu máximo sem conseguir sair do lugar? Como tantos de nós, Bob não consegue manter a calma, nem controlar os pensamentos que insistem em lhe tirar a paz - e a coragem. Mas, tudo mundo quando um novo amigo aparece e diz a Bob que ele na verdade ele só precisa de algo muito simples: aprender a res-pi-raaaaaaaaaar.
O que acontece quando uma cidade inteira fica no escuro? Sem luz, sem internet, sem telas, todos se voltam para o que nos cerca muito além do concreto da vida contemporânea: o céu e a natureza, imensidão e beleza. Quantas vezes olhamos sem ver? Quantas vezes ficamos presos ao celular e nos esquecemos do vasto mundo real que temos a desbravar? De um apagão, a narrativa mostra como brotou uma enorme transformação, que fez uma cidade inteira se reconectar ao planeta.
Perder a calma e explodir é fácil. Difícil é lembrar que, na grande maioria das vezes, aquela cólera que nos envenena por dentro - e nos faz soltar faíscas por fora - começou como uma raiva bem pequenininha, que fomos alimentando, alimentando, e que foi crescendo até sair do controle. Para ser mais zen, melhor não deixar aquela raivinha guardada ganhar corpo...
Sabe aquela angústia que vem do desejo de alcançar a tal da completude? De querer se sentir inteiro, preenchido. E nesse esforço, gastar energias buscando aquilo que falta, uma parte que nos complete, que se encaixe, que nos faça sentirmos inteiros.
A solidão é daqueles sentimentos que nos tiram a tranquilidade. A menos que a gente aprenda a ressignificá-la, como faz Dorinha, a protagonista que dá nome aos livro. Ela, que se mantinha sempre ocupada com os afazeres diários, mas jamais deixava se sentir a solidão em seu encalço, decidiu fazer as malas e se jogar no mundo - com a solidão como companhia.
Não há maior paz do que se sentir confortável em ser quem se é. Para o menino com flores no cabelo, aconteceu exatamente assim. Davi exibia as pétalas delicadas e coloridas em sua cabeça até que um evento desconhecido as fez secar e cair. A cabeça do menino ficou apenas com os galhos secos, que ele cobria com um gorro, envergonhado. Mas, graças ao seu melhor amigo, suas flores voltaram a desabrochar e ele, de novo, se sentiu em paz por poder ser ele mesmo - e exibir suas flores por aí!
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Choro, acessos de raiva, timidez excessiva: a sensibilidade das crianças quase sempre é vista como inadequada. Mas validar o sentir é importante para criar confiança e empatia
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