Elizabeth Costello, uma escritora aterrorizada pela crueldade dos homens em relação aos animais, trava um embate familiar por causa de uma conferência em que discute o tema sob perspectivas filosóficas e antropológicas. O autor apresentou o romance também como uma conferência, na Universidade de Princeton.
Elizabeth Costello, uma escritora aterrorizada pela crueldade dos homens em relação aos animais, trava um embate familiar por causa de uma conferência em que discute o tema sob perspectivas filosóficas e antropológicas. O autor apresentou o romance também como uma conferência, na Universidade de Princeton.
Convidado a proferir uma palestra na Universidade de Princeton, o escritor sul-africano J. M. Coetzee surpreendeu sua audiência. Em lugar de um ensaio teórico, ele leu esta inquietante narrativa sobre a relação entre os homens e os animais. O romance é protagonizado por uma escritora, Elizabeth Costello, que, assim como Coetzee, se prepara para um ciclo de conferências e discorre sobre as questões filosóficas e éticas que envolvem o nosso trato com os animais.Num bem articulado jogo entre ficção e realidade, teoria e prática cotidiana, Coetzee nos conduz por questionamentos sobre a vida e a razão. A prosa inflamada de Elizabeth Costello, vegetariana radical, faz uma polêmica analogia entre o abate do gado bovino e o Holocausto nazista. As resistências às suas idéias começam em ambiente familiar. Hospedada na casa do filho, ela tem que contrapor suas convicções ao dia-a-dia da família.A vida dos animais traz também as réplicas de alguns estudiosos às conferências de Coetzee.