A pedido do editor Hugo Heller, Sigmund Freud elaborou uma lista de "dez bons livros". Em dois alentados volumes, Rouanet apresenta os autores eleitos - Anatole France, Émile Zola e Mark Twain, entre outros - e faz um panorama da Viena da belle époque, de interesse para historiadores, psicanalistas e todos os que consideram os livros "bons amigos".
A pedido do editor Hugo Heller, Sigmund Freud elaborou uma lista de "dez bons livros". Em dois alentados volumes, Rouanet apresenta os autores eleitos - Anatole France, Émile Zola e Mark Twain, entre outros - e faz um panorama da Viena da belle époque, de interesse para historiadores, psicanalistas e todos os que consideram os livros "bons amigos".
Em 1906, o editor vienense Hugo Heller pediu a personalidades da cultura austríaca que indicassem "dez bons livros." Sigmund Freud respondeu que não indicaria as maiores obras da literatura universal nem seus autores prediletos, mas livros com que mantinha uma relação de amizade.São os "dez amigos" do título do livro de Sergio Paulo Rouanet. Os autores escolhidos por Freud foram um holandês (Multatuli), dois ingleses (Thomas Macauley e Rudyard Kipling), dois franceses (Émile Zola e Anatole France), dois suíços (Gottfried Keller e Conrad Ferdinand Meyer), um austríaco (Theodor Gomperz), um russo (Dmitri Merejkovski) e um americano (Mark Twain). Rouanet examina cada um deles, traça um painel da Viena da belle époque, apresenta as demais personalidades consultadas - Arthur Schnitzler e Herman Hesse, entre outros - e estuda suas listas, comparando-as com a de Freud. O autor faz também uma provocativa "psicoficção", em que convida o leitor a interpretar alguns trechos enigmáticos da carta na qual Freud encaminhou sua lista a Hugo Heller. Constrói uma espécie de "monólogo interior", simulando processos associativos semelhantes aos que poderiam ter ocorrido quando Freud fazia sua auto-análise.Ao evitar qualquer tipo de jargão, Sergio Paulo Rouanet escreveu uma obra para todos os que vêem nos livros "bons amigos".