Dez entrevistas com pessoas analisadas por Freud, que, a julgar por esses depoimentos, poderia ser considerado um psicanalista heterodoxo, nem sempre bem-sucedido no tratamento dos que o procuraram.
Dez entrevistas com pessoas analisadas por Freud, que, a julgar por esses depoimentos, poderia ser considerado um psicanalista heterodoxo, nem sempre bem-sucedido no tratamento dos que o procuraram.
Como Freud trabalhava - Relatos inéditos de pacientes integra a série de livros escritos por Paul Roazen sobre a história de Sigmund Freud. Desta vez, o cientista político canadense organiza as entrevistas que fez nos anos 60 com 25 pessoas (todas já falecidas) que buscaram no disputado divã do criador da psicanálise um alívio para o sofrimento. Para este livro foram selecionadas dez entrevistas, tanto de gente que se tornou famosa por suas ligações com o movimento psicanalítico, como de personagens comuns, como Albert Hirst, um advogado austríaco emigrado para os Estados Unidos que atribuiu ao tratamento, mais de cinqüenta anos depois de seu término, o fato de ter alcançado sucesso profissional.Das lembranças dessas pessoas surge o retrato de Freud como um psicanalista que se ocupa muito de seus pacientes, adota estratégias terapêuticas pouco ortodoxas, conversa sobre assuntos de todo dia durante as sessões e deixa entrever muito de suas simpatias e antipatias pessoais. Roazen, um crítico freqüentemente ácido, destaca as contradições trazidas à tona pelos entrevistados e revela como Freud poderia ser julgado um perigoso heterodoxo que nem sempre alcançou o sucesso desejado no tratamento daqueles que o procuraram.