A vida secreta do eu, tal como revelada em autobiografias, memórias e cartas de magnatas ou balconistas, mulheres rebeldes ou dóceis, poetas célebres ou amadores. Quarto estudo do autor sobre a "experiência burguesa".
A vida secreta do eu, tal como revelada em autobiografias, memórias e cartas de magnatas ou balconistas, mulheres rebeldes ou dóceis, poetas célebres ou amadores. Quarto estudo do autor sobre a "experiência burguesa".
O que explica a imensa produção, ao longo de todo o século XIX, de memórias, autobiografias, auto-retratos e correspondências íntimas? Em O coração desvelado quarto volume de seu estudo sobre "a experiência burguesa" Peter Gay procura compreender o fascínio experimentado por milhares de homens e mulheres em relação a tudo o que dizia respeito à "vida interior", à "vida secreta do eu". As noções românticas do eu e da interioridade ultrapassaram rapidamente os círculos literários, passando a permear também a música, a pintura, a política, a economia, a religião e a sexualidade. Foram assimiladas por magnatas e pequenos funcionários, mulheres revolucionárias ou bem-comportadas, escritores célebres ou amadores de província. Peter Gay identifica, ali, pressupostos mentais e estruturas de comportamento que em boa parte são as mesmas do nosso tempo.