Depois de inserir a moda no contexto da modernidade, o filósofo francês Gilles Lipovetsky volta sua atenção para o consumo de bens luxuosos e retraça historicamente o significado social do luxo. No segundo ensaio do livro, Elyette Roux analisa o gerenciamento de algumas das marcas mais desejadas da atualidade.
Depois de inserir a moda no contexto da modernidade, o filósofo francês Gilles Lipovetsky volta sua atenção para o consumo de bens luxuosos e retraça historicamente o significado social do luxo. No segundo ensaio do livro, Elyette Roux analisa o gerenciamento de algumas das marcas mais desejadas da atualidade.
O filósofo Gilles Lipovetsky, que provocou frenesi nos anos 80 ao colocar o fenômeno da moda no centro das discussões acadêmicas, volta seu poder de análise para um novo objeto de estudo: o universo do supérfluo.
O ponto de partida é a constatação de que o consumo de bens luxuosos nunca foi tão grande. Para melhor entender o fenômeno, o autor faz uma ampla "arqueologia" desses bens, desde os tempos sagrados das tribos indígenas, passando pela Antiguidade e pela Renascença, até o dos grandes conglomerados das marcas atuais. E é nos dias de hoje que ele centra o foco.
Para Lipovetsky, mesmo em um período marcado pela preocupação com o tempo presente, o luxo se configura como área de domínio da eternidade. A relação dos consumidores é cada vez mais uma relação emocional com as marcas que os fazem sonhar, e isso dá origem a um prazer muitas vezes tão intenso que parece durar para sempre, afirma o filósofo. Fazendo jus ao rótulo de pensador original, a nova obra de Lipovetsky promete polêmica.
O segundo ensaio do livro, escrito pela especialista em marketing e gestão de marcas de luxo Elyette Roux, confirma as teses do filósofo com estatísticas e pesquisas sobre o universo dos produtos de alto padrão e analisa o gerenciamento de algumas das marcas mais desejadas da atualidade.