Em férias na pacata Norfolk, uma família britânica se vê às voltas com uma misteriosa desconhecida, cujo aparecimento súbito desencadeia alianças e revelações insuspeitadas. Por acaso rendeu a Ali Smith o importante prêmio britânico Whitbread de melhor romance de 2005.
Em férias na pacata Norfolk, uma família britânica se vê às voltas com uma misteriosa desconhecida, cujo aparecimento súbito desencadeia alianças e revelações insuspeitadas. Por acaso rendeu a Ali Smith o importante prêmio britânico Whitbread de melhor romance de 2005.
Tudo parece transcorrer na mais absoluta normalidade nas férias da família Smart. Michael, professor universitário, Eve, escritora de sucesso, e os dois filhos dela, Astrid, de doze anos, e Magnus, de dezessete, alugam uma casa na pacata Norfolk, onde pretendem passar o verão. Mas a tranqüilidade familiar logo é abalada pela súbita presença de uma estranha: surgida do nada, Amber se imiscui na intimidade da família e começa a ganhar a confiança e a afeição de todos. Encantados, os Smart passam a lhe revelar o que não dizem nem mesmo entre (e para) si. Em pouco tempo, estarão enredados na intricada psicologia de seus mundos e conflitos interiores.
A figura do estranho que, acolhido pela família, a transforma radicalmente é motivo conhecido da literatura e do cinema, como no clássico Teorema, de Pier Paolo Pasolini. Mas Ali Smith conta essa história de um modo surpreendente, dando voz e vida próprias a cada uma de suas personagens. Dona de uma técnica apurada e de grande familiaridade com os meandros do romance contemporâneo, Ali Smith não tenta pôr palavras na boca de suas personagens: deixa que falem por si, que cada uma vá, aos poucos e a seu modo, revelando sua riqueza interior, seus conflitos e seus temores. E deixa também a cargo do leitor a solução de um mistério que com certeza o intrigará por um bom tempo: quem é Amber?
"Smith é uma ventríloqua maravilhosa, versada em emprestar sua voz a uma espantosa gama de personagens. [...] Captura-lhes os pensamentos, as vidas sonhadas e o senso do lugar que ocupam no mundo com perfeita e inabalável intensidade. [...] Os dons de Ali Smith são o de criar personagens ácidas, engraçadas e, ao mesmo tempo, tocantes, e o de conferir total transparência a suas vidas interiores." - Michiko Kakutani, The New York Times