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FRAGMENTOS SETECENTISTAS

Silvia Hunold Lara

Apresentação

A partir de uma metodologia original, Fragmentos setecentistas busca compreender os efeitos causados pela liberdade dos que não eram brancos e seguir os passos iniciais do processo de racialização das relações sociais no Brasil.

Os dois corpos do rei

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Os vivos e os mortos na sociedade medieval

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A vida dos escravos no Rio de Janeiro (1808-1850)

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A força da escravidão

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Coroas de glória, lágrimas de sangue

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Segredos internos

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O diabo e a terra de santa cruz

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Ficha Técnica

Título original: Fragmentos setecentistas Páginas: 456 Formato: 14.00 X 21.00 cm Peso: 0.559 kg Acabamento: Livro brochura Lançamento: 02/08/2007
ISBN: 978-85-3591-033-9 Selo: Companhia das Letras Ilustração:

SOBRE O LIVRO

A partir de uma metodologia original, Fragmentos setecentistas busca compreender os efeitos causados pela liberdade dos que não eram brancos e seguir os passos iniciais do processo de racialização das relações sociais no Brasil.

"Um verdadeiro formigueiro de negros": era assim que muitos viajantes e autoridades que chegavam pela primeira vez ao Rio de Janeiro ou a Salvador na segunda metade do século XVIII manifestavam sua surpresa diante do grande contingente de escravos e libertos que encontravam pelas ruas. Fragmentos setecentistas analisa o incômodo de autoridades coloniais e metropolitanas diante daquela "multidão de pretos e mulatos". Registros cartográficos, dicionários, relatos de festas públicas e processos de injúria, além da legislação, da correspondência oficial e dos textos clássicos de cronistas e letrados do período são tomados aqui como frestas por onde se pode divisar formas de percepção e avaliação presentes em uma sociedade diversa da que vivemos hoje. Como os fragmentos utilizados por arqueólogos e filólogos, os documentos são aqui examinados de diferentes ângulos e servem de ponto de partida para uma nova interpretação dos significados políticos da escravidão.
O assunto não é novo. Silvia Hunold Lara - assim como outros historiadores - vem estudando as experiências de homens e mulheres que foram trazidos da África como escravos. Mas o modo como o tema foi recortado e os caminhos percorridos por sua análise permitem uma compreensão renovada de relações entre poder, escravidão e cultura no Brasil. A leitura deste livro revela o processo de produção social de significados para palavras como negro, preto, pardo e mulato e os efeitos desestabilizadores causados, naquela sociedade, pela liberdade daqueles que não eram brancos.

Sobre o autor