Homem em queda nos mostra o ataque fundamentalista a Nova York como uma monstruosa metáfora da nossa civilização. Um romance inquietante, catártico, sobre como o evento reconfigurou a vida das pessoas, sua memória e sua percepção do mundo.
Homem em queda nos mostra o ataque fundamentalista a Nova York como uma monstruosa metáfora da nossa civilização. Um romance inquietante, catártico, sobre como o evento reconfigurou a vida das pessoas, sua memória e sua percepção do mundo.
Keith consegue sair com vida de uma das torres gêmeas atingidas pelos aviões pilotados por terroristas, no fatídico 11 de setembro de 2001. Em vez de voltar para o seu apartamento, o atordoado Keith, coberto de poeira e sangue, e carregando uma pasta que não lhe pertence, bate à porta de sua ex-mulher, Lianne, com quem tem um filho pequeno.
Keith tenta reconstruir sua vida, ao mesmo tempo que sai em busca do dono da misteriosa pasta. Lianne, por sua vez, trabalha como voluntária junto a pacientes com Alzheimer e cuida também de sua mãe, Nina, uma historiadora da arte aposentada.
Esse punhado de personagens evolui num mundo onde não há mais o antes, e o depois é todo feito de incertezas e angústias com pouca chance de resolução. Da fatura dos diálogos, restritos à essência mesma do coloquial, à busca de afinidades entre os dramas pessoais dos personagens e os acontecimentos históricos, Homem em queda nos mostra o ataque fundamentalista a Nova York como uma monstruosa metáfora da nossa civilização. Ao mesmo tempo, a naturalidade da prosa de DeLillo, meticulosamente cinzelada e polida, cria um quadro de angústia poética envolvendo algumas das questões que vêm assombrando a ficção contemporânea nas últimas décadas: as relações entre arte e memória, os milagres e os limites da linguagem e o significado auto-implosivo dos grandes fatos da história.
"Homem em queda surge como a única obra verdadeiramente artística a lidar com os terríveis eventos de 11 de setembro de 2001, em Nova York. A leitura deste novo e surpreendente romance de Don DeLillo equivale a olhar-se em um espelho e contemplar uma cara familiar como se fosse pela primeira vez." - Newsweek