Publicado originalmente em 1983, Comunidades imaginadas logo se tornou um estudo clássico sobre o nacionalismo. Com erudição histórica e fôlego polêmico, Anderson estuda a emergência do sentimento nacional na era moderna e indaga suas perspectivas numa época de globalização crescente. Com um novo posfácio do autor e apresentação de Lilia Moritz Schwarcz.
Companhia das Letras
Enciclopédia negra
Flávio dos Santos Gomes, Jaime Lauriano e Lilia Moritz SchwarczR$ 95,92
Publicado originalmente em 1983, Comunidades imaginadas logo se tornou um estudo clássico sobre o nacionalismo. Com erudição histórica e fôlego polêmico, Anderson estuda a emergência do sentimento nacional na era moderna e indaga suas perspectivas numa época de globalização crescente. Com um novo posfácio do autor e apresentação de Lilia Moritz Schwarcz.
Neste livro notável, Benedict Anderson sai a campo para desfazer boa parte dos lugares-comuns a respeito do nacionalismo: longe de se confundir com o racismo ou o fascismo, longe de ser uma síndrome quase patológica, que faz má figura num mundo marcado pelas promessas da globalização, o sentimento nacional tem uma história bem precisa, rica e contraditória.
Como marxista de formação e dono de um olhar escolado na observação dos conflitos coloniais no Sudeste asiático, Anderson volta-se menos para a instituição dos estados nacionais e mais para a ascensão do sentimento nacional. Daí a noção de comunidades imaginadas - e não meramente imaginárias -, porque, mais do que simplesmente denunciar-lhe as limitações, Anderson quer examinar como o nacionalismo capta e expressa anseios, esperanças e preconceitos nascidos no calor da vida social.
Sem sombra de reducionismo, Comunidades imaginadas é ainda um livro pioneiro pelo recurso a idéias de várias disciplinas acadêmicas - da filosofia da história de Walter Benjamin à antropologia de Victor Turner, passando pela crítica literária de Erich Auerbach -, que frutificam num modelo em que o moderno sentimento nacional se vincula a fenômenos tão aparentemente díspares quanto a luta de classes, a ascensão das línguas vernáculas e do romance, o fim dos impérios coloniais e a emergência da impressão e da imprensa modernas.