Narrativa breve e bem-humorada sobre como o sangue árabe - ou "turco" - ajudou a compor a mistura brasileira, contribuindo para a formação de um povo sensual, alegre e trabalhador. Posfácio de José Saramago.
Narrativa breve e bem-humorada sobre como o sangue árabe - ou "turco" - ajudou a compor a mistura brasileira, contribuindo para a formação de um povo sensual, alegre e trabalhador. Posfácio de José Saramago.
O sírio Jamil Bichara e o libanês Raduan Murad desembarcam na Bahia em 1903 e se instalam na região grapiúna, litoral sul da Bahia, eldorado do cacau. O jovem e trabalhador Jamil abre um empório em Itaguassu. O experiente e boêmio Raduan prefere Itabuna. Ali, nova oportunidade de "fazer a América" se apresenta ao "turco" Jamil: o comerciante Ibrahim Jafet quer casar sua primogênita - a feiosa, ácida e "incólume" Adma. Em troca, oferece sociedade no armarinho O Barateiro.
A descoberta da América pelos turcos, escrito no início dos anos 90, por ocasião do quinto centenário da descoberta do continente americano, revisita a formação da cultura cacaueira e do povo brasileiro, essencialmente mestiço. No posfácio, José Saramago qualifica a obra como "prodígio da arte de narrar"e a compara à tradição picaresca, em que se combinam a violência, o humor, a inocência e a astúcia.