No romance póstumo do cubano Guillermo Cabrera Infante - um dos mais geniais prosadores do século XX em castelhano -, uma história de amor, recheada de alusões autobiográficas, anuncia a revolução que se aproxima, e mostra as várias facetas da obra múltipla do autor.
No romance póstumo do cubano Guillermo Cabrera Infante - um dos mais geniais prosadores do século XX em castelhano -, uma história de amor, recheada de alusões autobiográficas, anuncia a revolução que se aproxima, e mostra as várias facetas da obra múltipla do autor.
Estela ainda não tem dezesseis anos nem entende o palavrório do crítico de cinema que por ela caiu de amores. Ele é bem mais velho, e tem uma esposa que cansou de
esperá-lo acordada. Mas essa não é outra história de amor em que um intelectual maduro se deslumbra pela beleza de uma adolescente ingênua. Porque Estela é tudo, menos inocente.
Ao ritmo do bolero e dos sons ruidosos e sensuais da Havana pré-revolucionária, A ninfa inconstante é construído sobre a mais sólida fundação do processo criativo, a memória. Romance inédito do cubano exilado Guillermo Cabrera Infante, o livro desdobra-se sob o olhar do leitor como o palimpsesto vitalista de uma época única na história de Cuba, em que as referências e alusões pessoais, literárias, musicais e cinematográficas adquirem uma importância primordial.
Obra de elegância formal inusitada, A ninfa inconstante mostra todas as facetas do estilo de Cabrera Infante: os jogos de palavras que tanto fascinavam esse infatigável explorador da linguagem, as suas referências cinematográficas e literárias, o gosto pelas expressões populares e o sentido de humor único que povoa suas páginas.