Nas inóspitas paisagens da Islândia, o inspetor Erlendur conduz uma investigação a partir de um esqueleto enterrado há mais de sessenta anos, enquanto sua filha está no hospital, em coma. Nessa narrativa concisa e potente, a memória é o grande fio condutor.
Nas inóspitas paisagens da Islândia, o inspetor Erlendur conduz uma investigação a partir de um esqueleto enterrado há mais de sessenta anos, enquanto sua filha está no hospital, em coma. Nessa narrativa concisa e potente, a memória é o grande fio condutor.
Um esqueleto, provavelmente datado da Segunda Guerra, é encontrado nas gélidas imediações de Reykjavík, Islândia. Enquanto um grupo de arqueólogos trata de removê-lo e analisá-lo, cabe ao inspetor Erlendur desencavar histórias escabrosas não resolvidas da região. Mas acontecimentos tão antigos são difíceis de ser retraçados, sobretudo quando nem todo mundo deseja lembrar-se deles. Quem afinal morava no chalé inacabado do alto da colina, e o que aconteceu lá? Pode um crime brutal ter ocorrido no quartel dos aliados, instalado naquele local durante a guerra? Será que a jovem mulher, comprometida com um homem bem-sucedido de uma tradicional família islandesa, jogou-se mesmo ao mar, sem motivo aparente?
Essas não são, no entanto, as únicas questões que pairam sobre a cabeça do policial: sua filha, Eva Lind, com quem ele mantém uma relação distante, entrou em coma devido ao abuso de drogas. O acontecimento leva Erlendur a questionar toda a sua vida, bem como a rememorar um trauma de infância envolvendo o irmão e uma tempestade de neve. Mas, na Islândia de Indridason, não só a natureza é inclemente; o passado que vem à tona vai revelar inúmeras marcas de violência, escondidas nas ruas de Reykjavík, nos porões dos apartamentos, ou em um chalé isolado.
A alternância entre a investigação, os dramas pessoais de Erlendur e os episódios ocorridos naquela colina há mais de sessenta anos fazem de O silêncio do túmulo um romance policial bastante peculiar: mais do que nas pistas físicas, a resolução do suposto crime está na memória inexata daqueles que habitam este lugar inóspito, à beira do esquecimento. Essas idas e vindas temporais, habilmente construídas pelo autor, deixam ainda mais tocantes as histórias, e potencializam as sucessivas surpresas guardadas para o final.
"Ao narrar um crime de tamanha amplitude emocional e complexidade sociológica, o estilo austero de Indridason ganha contornos épicos." - The New York Times Book Review
"Um fenômeno literário internacional. Autêntico, assombroso, melancólico, de tirar o fôlego." - Harlan Coben