No século XVIII, a praia começa a se vincular a um tipo específico de comportamento. Corbin reconstrói a história do desejo do espaço à beira-mar e da invenção do veraneio, com a organização da natureza litorânea em balneários, marinas e belvederes.
No século XVIII, a praia começa a se vincular a um tipo específico de comportamento. Corbin reconstrói a história do desejo do espaço à beira-mar e da invenção do veraneio, com a organização da natureza litorânea em balneários, marinas e belvederes.
O banho de mar deve ser tomado durante o outono, um pouco antes do pôr-do-sol e à sombra; nunca no cálido e fétido Mediterrâneo, mas nas águas geladas do mar do Norte e do canal da Mancha. O prazer nasce da água que flagela e, mais sub-reptício, da contemplação proibida dos cabelos soltos, pés nus e quadris marcados por calças justas das moças que se escondem em carruagens de banho. Assim começa, no século XVIII, a história do desejo da beira-mar, dos prazeres da infinitude marinha e da invenção do veraneio, com a organização da natureza litorânea em balneários, marinas e belvederes.