Em 23 crônicas, a premiada escritora Tatiana Belinky questiona o senso comum ao discutir com franqueza e bom humor o papel da mentira na vida das crianças.
Em 23 crônicas, a premiada escritora Tatiana Belinky questiona o senso comum ao discutir com franqueza e bom humor o papel da mentira na vida das crianças.
Toda criança aprende desde cedo a não mentir - mas será que isso significa que devemos contar a verdade em absolutamente todas as ocasiões? Em Mentiras... e mentiras, Tatiana Belinky apresenta situações em que a mentira deixa de ser imoral: se mentimos para ajudar alguém ou mesmo para atenuar uma situação difícil, de sofrimento, a "mentira" pode até ser, de certa forma, positiva.
As crônicas contêm vários tipos de "mentira". Entre os grandes mentirosos citados no livro estão personagens clássicos da literatura, como Pinóquio, o Gato de Botas, o barão de Münchhausen e a boneca Emília do Sítio do Pica-Pau Amarelo - e também a própria autora, que confessa algumas das mentiras que contou (ou ouviu) ao longo de seus 85 anos de vida. São narrativas que funcionam como fábulas, pois ilustram dois preceitos morais (mas não moralistas): de um lado, o de que a mentira é relativa, e de outro, o de que a omissão de algo que se sabe não implica necessariamente um deslize ético.