Contrariando o sentimento predominante em seu país, Huntford desmonta o mito de Robert Falcon Scott como mártir do heroísmo britânico, revelando suas fraquezas como líder e a incompetência que marcou seu empreendimento. Um rigoroso trabalho historiográfico que se lê como um empolgante romance de aventura.
Contrariando o sentimento predominante em seu país, Huntford desmonta o mito de Robert Falcon Scott como mártir do heroísmo britânico, revelando suas fraquezas como líder e a incompetência que marcou seu empreendimento. Um rigoroso trabalho historiográfico que se lê como um empolgante romance de aventura.
Em 17 de janeiro de 1912, depois de enfrentar durante mais de um ano as intempéries antárticas, o oficial da Marinha britânica Robert Falcon Scott chegou ao Pólo Sul e constatou que o norueguês Roald Amundsen, com menos homens e recursos econômicos, havia estado ali um mês antes, tornando-se o primeiro a pisar "o último lugar da Terra". Famintos, atacados pelo escorbuto e exauridos pelo esforço de arrastar sua própria carga - enquanto os trenós de Amundsen eram puxados por cães -, Scott e seus homens morreram no caminho de volta e foram transformados em mártires do espírito heróico britânico.Para mostrar que o triunfo de Amundsen não foi um acaso, Roland Huntford reconstitui a história da exploração polar desde seus primórdios e descreve em detalhe as duas expedições rivais. Acaba por desmontar corajosamente o mito de Scott como mártir do heroísmo britânico, revelando suas fraquezas como líder e a incompetência que marcou seu empreendimento. Com base em vasta pesquisa histórica, O último lugar da Terra recria passo a passo as jornadas paralelas de Amundsen e Scott, sem perder de vista, em nenhum momento, a dimensão trágica e humana dos acontecimentos. É um rigoroso trabalho historiográfico que se lê como um empolgante romance de aventura.