Um homem de meia-idade atravessa uma crise existencial, uma ruptura entre passado e presente metaforizada na indiscreta doença que o obriga a internar-se para uma cirurgia. Escrito com elegância e precisão analítica, o romance - publicado originalmente em 1985 - recebeu o prêmio Mercedes-Benz de literatura e foi traduzido para o alemão.
Um homem de meia-idade atravessa uma crise existencial, uma ruptura entre passado e presente metaforizada na indiscreta doença que o obriga a internar-se para uma cirurgia. Escrito com elegância e precisão analítica, o romance - publicado originalmente em 1985 - recebeu o prêmio Mercedes-Benz de literatura e foi traduzido para o alemão.
Heládio Marcondes Pompeu, membro da aristocracia decadente paulista, está perto dos cinqüenta anos e coleciona uma série de experiências profissionais malogradas. Apesar disso, ainda dispõe de alguma reserva financeira, o que lhe permite ser operado num confortável hospital. Internado, alterna momentos de sono e vigília, suas conjecturas avançam e recuam e se misturam a recordações e delírios de forma aparentemente confusa, às vezes enigmática, e quase sempre engraçada. A dor lhe aguça a percepção da realidade e Heládio enxerga, subitamente, as transformações urbanas de São Paulo; depois, revê a história da família e acontecimentos pessoais ocorridos durante o regime militar. Crítica social demolidora.