Muito aguardado, o terceiro romance de Jeffrey Eugenides tece um comentário sobre o casamento e a tradição do romance vitoriano inglês.
Muito aguardado, o terceiro romance de Jeffrey Eugenides tece um comentário sobre o casamento e a tradição do romance vitoriano inglês.
Foram nove anos entre o estrondoso sucesso de As virgens suicidas e o lançamento de Middlesex, livro que rendeu o Pulitzer de melhor romance a Jeffrey Eugenides e provou que ele não só tinha se inscrito entre os grandes nomes de sua geração como parecia determinado a não se prender aos estilos e assuntos que tinham feito sua fama.
Depois de outros nove anos de espera, a chegada de A trama do casamento confirma essa flexibilidade formal e temática e sacramenta sua posição como um dos mais respeitados autores americanos contemporâneos.
Acompanhando um trio de alunos da universidade de Brown entre o ano da sua formatura (1982) e o seguinte, Eugenides fornece um acurado retrato da desilusão de uma geração que viu o otimismo revolucionário dos anos 60 se consumir em cinismo e vazio, ocasionando dúvidas e instabilidades de todo tipo.
Depois de ler críticos como Jacques Derrida, Roland Barthes e Michel Foucault, a estudante Madeleine Hanna percebe que gostar de romances já não é o bastante para justificar sua vontade de se graduar em letras. O autor está morto, os livros viraram textos, a semiótica está desconstruindo a linguagem. E já não há romantismo.
O que ela não sabe é se deve mesmo se adequar a esse mundo pouco sentimental, em que a devoção por escritoras vitorianas parece um crime. E ainda maior é sua dúvida entre os dois homens que a disputam.
Afinal, Eugenides nos apresenta, ao mesmo tempo, uma inquestionável história de amor, ou duas, ao acompanhar a devoção de Mitchell Grammaticus por Madeleine e a complicada relação dela com o gênio problemático Leonard Bankhead.
Ao final do romance, resta uma dúvida: Eugenides escreveu uma paródia, um comentário, ou produziu um dos grandes romances-de-casamento da tradição literária de língua inglesa? Isso cada leitor vai ter que decidir por si próprio.
E esse é, certamente, o maior mérito do livro.
Best-Seller do New York Times
"Diálogos perspicazes... brilhante." - The Independent
"Um romance formidável - erudito, compassivo e penetrante em sua análise de relações de amor... encantador - Eugenides continua mostrando que é um dos melhores romancistas contemporâneos." - Kirkus Reviews
"Jeffrey Eugenides é um talento enorme com um coração enorme: generoso com seus leitores ao contar histórias que infalivelmente entretêm e generoso com seus personagens, que se atrapalham e se esforçam e sofrem e se arrependem, como qualquer pessoa que realmente amamos faz - e merecem o perdão." - Jonathan Franzen, autor de Liberdade
"Irônico, envolvente e maravilhosamente construído." - The New York Times Book Review
"O livro mais completo e maduro do autor até agora." - Wall Street Journal